Wednesday, June 27, 2007

Refugio in Malta


June 19-26, 2007

June 26 –Mixed feelings

Ha sensacoes dificeis de transmitir. Tenho o estomago revoltado de tantas comidas diferentes, poucas horas de sono, stress, falta de exercicio fisico e preocupacoes. Ha que pagar o preco de muitas viagens consecutivas! O organismo apenas aguenta ate determinado ponto. Depois comecam a sentir-se os sintomas de mau estar, sono, irritacao.

Hoje, depois de mais uma viagem a Moscovo comeco ja a sentir um misto de emocoes derivado de tanta agitacao. A reuniao tambem nao foi muito produtiva. E o aborrecimento instalou-se.

June 24 –The feeling of return

Domingo a noite voltamos de Malta apos uns dias de meeting da empresa que optou por uma localizacao diferente este ano num sitio onde nao existem sequer operacoes. Foram uns dias de arromba devo dizer! Divertimo-nos imenso. Mas o corpo acabou por ressentir e de que forma.

June 20, 21 – The meeting

A viagem a Malta comecou na terca-feira a noite com um voo que ja chegou tardio para no dia seguinte da parte da tarde comecar a reuniao propriamente dita que se prolongou ate ao final do dia seguinte. Mais uma apresentacao da minha parte (isto a tornar-se um habito!) e umas escapadelas para trabalhar em alguns emails no quarto do hotel.

June 22 –Malta and the highlight of the visit

O significado de Malta nao podia ser mais adequado: refúgio! E refúgio foi, sobretudo para aqueles que ainda hoje associamos a este arquipélago que, no conjunto das suas ilhas (Malta, Gozo, Comino e as desertas Cominotto e Filfla) perfaz não mais do que 316km2: os Cavaleiros da Ordem de Malta.

Malta e uma ilha de dimensao relativamente pequena com cerca de 400.000 habitantes sendo que na capital em Valletta habitam apenas 3.000 habitantes. A lingua falada e o Maltez que incorpora elementos de siciliano, italiano, castelhano, francês e inglês.

O ponto alto da visita a Malta foi mesmo a sexta-feira com um dia preenchido de actividades organizadas pela empresa.A festa comecou na quinta-feira a noite com uma noitada como ja nao fazia ha muito: 5 da manha de volta ao hotel. Ja nao dancava assim ha muito tempo! Apenas tres horas depois toca a acordar para um dia em cheio!

La vamos todos num autocarro num grupo de cerca de 50 pessoas para a nossa primeira descoberta: Valletta, capital de Malta. Em pequenos grupos organizados la fomos nos percorrendo a cidade atraves de um percurso previamente definido com um jogo a mistura. Depois breve paragem para almocar na capital para logo de seguida apanhar um speedboat para a ilha de Gozo por cerca de 1 hora. A melhor descricao que consigo fazer apos este passeio de speedboat foi o ter ficado com o cabelo em palha de aco e o rabo quadrado! Mas que se dane, pois nao e coisa que me preocupe. Diverti-me na mesma!

A saida do speedboat entramos num jipe descapotavel para fazer uma especie de foto safari. Eram ao todo cerca de 10 jipes e la fomos nos aos trambolhoes estrada fora. Mais umas amolgadelas no rabo! Ja para nao contar com o calor imenso que se fazia sentir. Foi um autentico dia de sauna.

Ainda fizemos um tour de algumas horas pela ilha com paragens para visitar alguns monumentos, praia e no final um jantar numa vila tipica. Regresso num barco desta vez bem mais calmo para chegar por volta das 11 da noite ao hotel ja de rastos com tanto cansaco, calor e sujidade.


June 23 –The feeling of “good life”

No dia seguinte acordar cedo para aproveitar a praia. A tarde e passada em mais um passeio por umas catacumbas e um museu, mas nada que nos tenha entusiasmado muito. Eramos quatro no taxi e o calor ja se fazia sentir e de que maneira.

Voltamos ao hotel ao fim da tarde para um descanso (e banho!) na piscina. Devidamente acompanhados de uma margarita a beira da piscina e uma conversa agradavel. A noite ainda aproveitamos para ir novamente a St.Julians, centro da vida nocturna em Malta. O cansaco e que ja e muito e as tres da manha quando voltamos ja nao me aguento.

June 23 –The feeling of goodbye to the good life

Domingo de manha ainda fazemos um pouco de piscina para depois almocar e seguir de volta para Amsterdao.

June 24 –The feeling of back to reality

O descanso nao e muito quando tenho de me levantar na segunda feira de manha para ir novamente para o aeroporto apanhar o aviao para Moscovo. Ainda por cima no dia em que faco dois anos de casada. Vou ter de esperar pelo dia seguinte para comemorar met mijn man.

Janto com o meu colega no restaurante Russki uma refeicao que custou os olhos da cara (felizmente nao sao os meus!). Moscovo e uma cidade exageradamente cara custando o quarto de hotel cerca de 300 euros por noite e uma refeicao no restaurante para duas pessoas mais de 200 euros. Ao menos pode-se dizer que foi uma excelente refeicao e uma noite bem dormida. So e pena nao terem sido mais horas.

Volto ao hotel e a ultima sensacao que partilho e a de maravilhamento quando vejo um bouquet de cerca de 30 rosas vermelhas (duas brancas a mistura) a minha espera no quarto com uma pequena nota: Amo-te.

Sim, que mais posso querer...

Saturday, June 16, 2007

The Kremlin and the red square


June 11-15, 2007

E quase meia-noite de quarta-feira em Moscovo, duas horas de diferenca para a Holanda pelo que ainda sinto que sao 10 da noite. O cansaco contudo ja comeca a pesar depois de ja ter comecado a semana na Hungria com partida no Domingo e regresso na Terca feira a Holanda. E pensar ainda que amanha ao fim do dia ja estamos a caminho de Paris. Nesta fase ja me sinto a arrastar pela corrente simplesmente desejando que cheguem as tao ansiadas ferias de verao onde poderemos fugir da Europa a caminho de outras culturas, de outras gentes e do mais importante: relaxar.

Sinto-me progressivamente com menos energia para tanta deslocacao e reunioes de trabalho. Certamente a experiencia e muito boa. Mas depois ponho-me a pensar, mas experiencia de que e para que? O futuro o dira se valeu a pena ou nao.

Hoje cheguei a Moscovo ao fim do dia, sao seis horas e comento com o meu colega que ja e a terceira vez que ca venho e nada vejo da cidade, so o transito e o escritorio. O meu colega pede ao motorista para fazer um desvio de 20 minutos para passar pela praca vermelha de Moscovo. Foi certamente muito mais do que isso! O meu cansaco e substituido por um certo entusiasmo e lembro-me por momentos o porque de ter alinhado nesta aventura de vir para a Holanda para uma holding.

Entramos no centro da cidade e comecam-se a avistar os edificios deslumbrantes, imponentes uns atras dos outros, muito bem, preservados. Ao longe ja se vislumbra a praca vermelha, a qual contornamos, para ver pela primeira vez o Kremlin de Moscovo, fortaleza situada no centro da cidade e que serve de sede do governo da Russia. O meu interesse pela Russia cresce! O Kremlin e a praca vermelha sao um dos candidatos as novas maravilhas do mundo e tem bem razao de ser! Mas nao e so o Kremlin que da beleza a cidade. Sao todas as igrejas ortodoxas extremamente bem preservadas que evocam a imagem de grandeza da Russia.

Sao 7 da tarde, 25 graus centigrados, um dia de sol e estou eu na praca vermelha, apenas que por uns minutos, olhando em volta, o kremlin, os tumulos e as fotos dos presidentes, o mausoleu de Lenine e o museu de Historia. Toda a praca tem uma beleza inexplicavel ainda mais enaltecida com a luz do sol.

De regresso ao carro o meu colega explica-me o significado de algumas letras do alfabeto russo e como interpreta-las. E de repente, todas as palavras nos suscitam interesse ao tentar interpreta-las. E Moscovo torna-se uma cidade mais apetecivel, menos estranha, menos indesejavel. Sao mais de 10 milhoes de habitantes nesta cidade, mais do que em Portugal, um autentico mundo em si. E vemos pessoas tao iguais a nos que certamente terao os mesmos problemas, os mesmos medos, os mesmos desejos. Nas ruas, as mesmas lojas, as mesmas marcas de carros, esplanadas, restaurantes. Seremos assim tao diferentes?

A noite e passada num hotel um pouco melhor que os anteriores onde estivemos em Moscosvo. Nao podemos bem comparar um hotel de 4 estrelas na Uniao Europeia com um hotel da mesma categoria na Russia. Mas como e so uma noite... O pequeno-almoco para variar deixa um bocado a desejar com uma seleccao de saladas e outras iguarias quentes que nao consigo identificar. Felizmente ainda se encontra pao e sumo de maca.

No dia seguinte, depois da reuniao, partimos para Paris para chegar por volta das 10 da noite. Pelo menos a sensacao de reconhecer uma lingua ja permite uma sensacao de maior proximidade. O pequeno-almoco esse sim digno de uma rainha. Tambem, depois da Russia, qualquer comida enche os meus sentidos.

Mais uma reuniao, partida as 4 da tarde. Um pequeno mal-entendido quando nos chamam um taxi permite-nos ser alvo de uma carga de agua nos 10 minutos em que chove torrencialmente. Fico que nem um pinto! Impressionante como as temperaturas estao a mudar no mundo.

Domingo, nova viagem para a Bulgaria para voltar na segunda-feira.

Mas agora e tempo de descanso pois o fim de semana esta a comecar.

“Nonnetjes” in Vught

June 4-8, 2007

Hoe gaat het met je? Ik spreek een beetje Nederlands. Ik kom uit Portugaal and ik woon in de Nederland. Ik reist vaak naar anders buitenland met mijn werk and ik ben een beetje moe. Ik zit nu in mij balcoon en schrive dit post voor jullie.

Para quem ainda esta a tentar perceber o paragrafo acima digo desde ja que a menos que tenham umas nocoes de Alemao vai ser um bocado dificil. E assim a lingua holandesa! So escrevendo para dar uma ideia do quao dificil e. Nao acredito muito que a construcao gramatical acima esta completamente correcta. O vocabulario ate se vai aprendendo, depois de dominar os sons das palavras (uma fase tambem dificil de ultrapassar). Mas para mim o que ainda se tem relevado mais dificil e a construcao gramatical. Meter o que e onde? Onde e que numa frase se mete o sujeito, o verbo, o adjectivo, o tempo? Nao e coisa que com o tempo nao va la mas ao inicio causa uma certa confusao.

Foi este o resultado de uma semana passada em Vught, um instituto de linguas bastante famoso na Holanda, que comecou com uma congregacao de irmas religiosas e que e agora uma organizacao muito bem gerida e que atrai profissionais de todo o mundo para aprender diversas linguas. Aqui sao feitos cursos intensivos das 8.30 da manha as 9 da noite. A estrutura dos cursos consiste em aulas individuais com 3 professores ao longo do dia (seguindo um determinado livro definido pelo instituto) que se focam em diferentes aspectos da lingua. Estas aulas individuais sao intercaladas por sessoes tambem individuais de estudo numa sala multimedia. No final do dia uma sessao de grupo. O dia termina com um jantar. E o metodo repete-se dia a dia com um grau de dificuldade que vai sendo definido pelos professores. Junta-se a isto um ambiente multi-cultural com pessoas de diversas partes do mundo que se deslocam a trabalho de pais em pais e que necessitam por isso de aprender rapidamente uma lingua.

No primeiro dia a sensacao e de entusiasmo, o qual vai decrescendo ao longo da semana a medida que o cansaco comeca a tomar conta de nos. Aos poucos comecamos a ter a sensacao de estarmos inundados com palavras e nao sabermos o que fazer com elas. No ultimo dia temos a sensacao que nao aprendemos nada pois o cerebro ja nao funciona tao bem. E uma exposicao intensiva a uma lingua estranha, o aprender do nada...

Mas se ja deu para escrever as frases acima e perceber algumas coisas que os colegas dizem, entao ja valeu a pena! E sempre bom aprender linguas pois expoe-nos a outras culturas e abre-nos os horizontes.

Agora e continuar a praticar para nao se perder...

Saturday, June 02, 2007

White house of Moscow


June 1, 2007

Hoje decidi mudar o meu blog. Sim, porque a mudanca faz-nos lembrar que nada permance eterno. Tendo isso em mente ha que acompanhar a mudanca!

E sabado de manha e estou sentada na minha varanda (fechada claro) a aproveitar um sol que raramente tem aparecido nos ultimos dias. Cheguei quinta feira ao fim do dia de mais uma semana de trabalho e fui atingida por uma trovoada como raramente se ve em Portugal. 31 de Maio e parece que estamos em pleno Inverno.

A semana foi passada em mais um corropio de viagens entre Moscovo e Madrid. Moscovo foi abrasador com cerca de 35 graus de temperatura e num hotel sem ar condicionado... apenas uma ventoinha. A temperatura e altamente incomum para esta altura do ano. Este ano o aquecimento global tambem se fez sentir na Russia com temperatura pelo menos 10 graus acima do que e normal. De volta a Madrid a temperatura e mais fresca com cerca de 25 graus.

De Moscovo pouco vi novamente. Ja tenho pelo menos um restaurante de eleicao: um japones onde servem um sushi fresquissimo e delicioso. Nem quero outra coisa. A comida japonesa esta a subir rapidamente no meu top ten de mais apeteciveis refeicoes. Quase que diria que ja bate a comida italiana!

Ficamos em Moscovo no hotel MIR, um hotel russo. Mesmo em frente a um edificio bastante famoso: a Casa Branca de Moscovo. A “Casa Branca” teve um papel muito importante na historia contemporanea da Russia. Foi sede do Parlamento da Russia anteriormente ate ser bombardeada em Outubro de 1993 tendo sido causado um grande incendio. Foi renovada, e agora e sede do governo Russo.

Apesar do calor abrasador durante a noite la consigo dormir umas horas. Pelo menos neste hotel falam ingles e e relativamente central. Fico com melhor impressao da Russia desta vez embora continue a considerar o povo um pouco frio e por vezes antipatico. Para mim o calor das pessoas e o que mais conta. Ja basta na Holanda ter de aturar os holandeses.

O regresso a Madrid faz-se tardiamente com 5 horas de voo (claro que a trabalhar...). Pouco durmo e chego ao hotel ja perto da meia-noite para ainda ter de partilhar o quarto com uma colega para a qual se esqueceram de reservar um quarto. O hotel esta completamente cheio e todos os hoteis a volta tambem. Nao ha alternativas.

Tres dias de viagens, muito trabalho e poucas horas de sono. Nunca mais chegam as ferias em Agosto...