May 15, 2007
De regresso de Madrid de mais uma viagem sem nada que possa considerar de extraordinario. A reuniao foi produtiva sem grandes complicacoes, um ambiente relativamente calmo.
Quando entro no aviao a expectativa e de ter de trabalhar dado que na quinta feira vamos para Veneza e amanha tenho ainda bastante trabalho para despachar antes disso.
Ao meu lado no aviao senta-se uma senhora com ar relativamente descontraido. Pouco antes de levantar voo mete conversa relativamente a um comentario do comandante de bordo. Pergunta-me se sou espanhola (deve ter notado a minha pronuncia muito acentuada! Isto do “portinhol” tem que se lhe diga!) ao que respondo que nao, portuguesa. Fala-me do quanto aprecia a lingua portuguesa.
Seguem-se perguntas sobre o que faco e porque a ida para Amsterdao. Diz-me que e de Israel! Que nasceu e cresceu em Moscovo e que se mudou para Israel em 90. Digo-lhe que ja fui a Moscovo mas apenas a trabalho. Prepara-me de imeadiato uma lista de de sitios a visitar caso tenha oportunidade de la voltar.
Pergunto-lhe porque Israel? Diz-me que e judia e que so la e que consegue trabalhar pois e professora na universidade em Jerusalem e com cidadania israelita nao consegue trabalhar na Europa. Esta em Madrid a tirar um doutoramento pelo que oscila entre as duas cidades.
Pergunto-lhe sobre Israel e Jerusalem em especifico? Israel tem cerca de 6 milhoes de habitantes dos quais 4.8 milhoes sao judeus e 1.2m milhoes de palestinianos. Jerusalem e uma cidade perfeitamente segura para uma mulher estrangeira bastante ocidentalizada. Na universidade de Jerusalem estudam cerca de 500 mil habitantes sendo que cerca de 20% sao arabes. O conflito israelo-palestiniano e frequentemente disctutido entre os alunos sem que haja necessidade de recorrer a violencia. Os alunos estudam sobretudo ciencias como a quimica e fisica, sendo que as mulheres se dedicam mais as linguas estrangeiras, nomeadamente o ingles. Poucas mulheres tapam a cara em Jerusalem.
Fico a saber tambem que foi por demais contestado um comentario de Jose Saramago no qual acusou ( no que os judeus consideram uma acusacao injusta) os israelitas em todo o conflito indicando que se comparava a um segundo holocausto mas desta vez direccionado aos palestinianos. Compreendo que os israelitas nao devam ter grande admiracao por Saramago agora!
Nao me lembro de alguma vez ter falado assim com uma judia, se e que alguma conheci uma. Perguntei-lhe o que sentiam hoje em dia os judeus, se sentiam descriminacao e se o peso do passado ainda era muito grande. Disse-me que sim. Em Israel nao notava dado que a maioria eram judeus, mas por ter passaporte judeu ainda existiam algumas situacoes de discriminacao.
Obrigada P!
Wednesday, May 23, 2007
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